segunda-feira, novembro 07, 2005

Coincidência ou não, quando resolvo abstrair a necessidade de me apaixonar por alguém encontro o mundo conspirando contra mim ( na verdade meu próprio eu é o pivô da conspiração).

Se já não me bastasse ter "nas mãos uma pessoa ideal" (ou pelo menos que preencha quase todos os requisitos desejáveis) e simplesmente não conseguir aceitar nossa relação para além da amizade, ainda caio na asneira de me apaixonar por uma ilusão amorfa e por isso mesmo inacessível.

Posso aceitar perfeitamente que exista esta necessidade de estar, ou ter alguém com quem contar... o que não aceito é que não possamos escolher. Eu defendo, apoio e acho "liiiiiiiiindo" quando vejo alguém correndo atrás de suas paixões, que ligue o botão do FODA-SE para o fato de ser clichê, piegas, mela cueca, blá, blá, blá.Porque foi uma escolha traçar esse caminho, o que não aceito é esta imposição que o amor nos coloca e que a maioria das pessoas toma como verdade absoluta e meta de vida. "All we need is love" e ponto final.

Há pouco tempo escolhi a estratégia adotada pelo Morrissey, de ser assexuado e assim fugir da obrigação de estar nesta constante busca amorosa. Os primeiros meses foram perfeitamente tranquilos... o coração vazio, mas a mente saudável (sem as neuras de estar sozinha e mesmo sabendo que estaria remando contra a maré).

Mas se tenho que lembrar de 5 em 5 minutos porque é melhor para mim ser assexuada é sinal de que meu lado emocional não reconhce, não aceita e entra em conflito vom minha razão.

E por mais que recorra às amizades, passatempos e trabalho para me ocupar e distrair, parece que quando eu menos esperar... a porra da falta do amor me pega na esquina. Passa na TV o filme Pequeno Dicionário Amoroso , com direito a debate no final do filme com "epecialistas" (ah, até parece que alguém é PHD em amor pela faculdade de "Eroslogia"). Com menos de 30 minutos de filme a babaca aqui já está se debulhando em lágrimas.

Tudo bem que algumas coisas dentro de nós sejam involuntárias (ia ser um saco ter que lembrar o coração para bater e bombear o sangue), mas no caso do amor é injusto porque envolvem outras pessoas que se machucam, se iludem, se divertem também não posso negar, mas pelo menos no meu histórico sempre saem "chamuscadas".

Agora o que eu percebo é que isso tudo mais parece uma roleta russa, como se apertássemos o gatilho até achar a bala de morango que vai adoçar nossa vida para sempre (infelizmente no caso do amor ela não aparece após 5 tentativas frustradas).

Um comentário:

Marquitto disse...

Que fossa, hem? |-(