quarta-feira, janeiro 25, 2012

Um sonho quase real

Quem me conhece sabe que sempre tenho sonhos pra lá de esdrúxulos e que fico consciente durante eles sabendo que não passa de um sonho, mas hoje pela primeira vez tive um bem plausível. Com direito a riqueza nos detalhes e um desenrolar até certo ponto coerente.

Nele pegava uma carona com minha mãe e meu irmão até a faculdade para depois dormir na casa de umas amigas que moravam perto, no caminho resolvemos parar para uma boquinha num self service. Meu pratinho saudável já estava cheio de verduras e precisava só de um frango grelhado para ficar completo, mas qual não foi a minha indignação ao perceber que a funcionária começava a organizar as carnes na travessa utilizando suas mãos desnudas. Corri para tentar salvar um pedaço antes que aquelas mãos gordurosas e unhas pretas maculassem totalmente o conteúdo.

A moça se mostrou bastante "compreensiva" e começou a me responder com palavrões dos mais variados calibres, na mesma hora exigi a presença do gerente e lhe relatei o ocorrido enquanto a funcionária insistia em retrucar os meus apelos como se a sua atitude fosse super normal. Lembro de ter finalizado com a importância em tratar os clientes com cordialidade e respeito.

Antes que pudesse se manifestar o gerente foi interrompido por um telefonema e eu me dirigi até minha mesa com a certeza de que se ele não resolvesse a questão, certamente a vigilância sanitária o faria. Perdi meu horário de aula na faculdade e já estava muito tarde para ir até a casa das minhas amigas e então decidimos voltar para a casa. Foi quando o gerente me abordou explicando que eu não deveria levar em consideração o acontecido, pois os nossos problemas podem ser resolvidos... mas os do planeta não (alegando que a falta de luvas e assepsia  estavam relacionados a uma atitude de consciência ambiental e sustentabilidade).

Foi aí que eu comecei a suspeitar que tudo não passava de mais um sonho escatológico. Saindo do restaurante escuto os gritos desesperados da minha mãe correndo atrás do nosso carro sendo roubado... no entanto só a parte da frente do veículo seguia pela rua, porque ele estava cortado ao meio (isso sem contar que o carro em questão já foi vendido há mais de uma semana).

Acordei com a plena certeza de que nem o Leonardo de Caprio e sua trupe de "A Origem" podem dar jeito nessa minha mente perturbada.