quinta-feira, abril 06, 2006

OLD BOY


AVISO AOS NAVEGANTES: O TEXTO A SEGUIR CONTÉM INFORMAÇÕES QUE PODEM ESTRAGAR A FESTA DE QUEM AINDA NÃO VIU O FILME, PORTANTO ESTÃO POR SUA CONTA E RISCO.


Estou passada a black dencker... em pleno 2006, com a doença da vaca louca, do frango gripado, com o terrorismo, transplante de rosto, a tv de plasma e o Enéas sem barba, tabus antigos ainda me causam tamanho espanto.
Fui ver OLD BOY esta semana e saí do cinema meio tonta, meio abalada, meio dã. O filme basicamente se resume em uma só palavra: VINGANÇA... vingança a qualquer custo .
Se o ditado popular estiver certo OLD BOY é a prova disso, já que o filme trata basicamente do seqüestro de Oh Dae Shi e seus 15 anos de cárcere sem ter a menor idéia do motivo e nem de quem seria o mandante. O mistério continua, já que ele é solto sem mais nem menos e a partir daí o filme se desenrola como uma trama de suspense e investigação onde a vingança é a mola propulsora.
Sem saber do paradeiro de sua mulher e filha Oh Dae Shi conta a penas com a ajuda de uma estranha, que compadece da sua desgraça e tenda encontrar a solução.
O decorrer da história nos revela casos de incesto, culpa, auto punição e mais desgraça. O final não é feliz, ninguém retira um peso do peito e segue a vida mais tranquilo, muito pelo contrário, parece que a vingança é a única razão para se manter respirando.
Aí que entra o meu espanto... e vamos falar novamente do nosso velho amigo e algoz o AMOR. Pois o que fiquei me perguntando é até que ponto podemos ultrapassar limites em nome desse sentimento? Perto do desfecho do filme o antagonista faz a seguinte pergunta a Oh Dae Shi:
_ "Eu a amava mesmo sabendo de nossa condição, você poderá fazer o mesmo?"
E foi justamente neste momento que me questionei quanto ao limite do amor, da razão e dos conceitos já enraizados em algumas sociedades durante tantos anos. eu me projetei na berlinda do enredo e não consegui imaginar uma solução melhor do que a morte, suspirei aliviada por nunca ter passado por situação semelhante, mas ao mesmo tempo pensei que não há nada de "impuro" quando não existe a intenção de causar o mal.
Por isso mesmo saí da sala de projeção vazia de posição, pela primeira vez meu id e superego não travaram uma batalha para saber quem está certo, apenas apertaram as mãos e decidiram que o amor é realmente uma causa perdida.

3 comentários:

Anônimo disse...

Em 1993 escrevi uma letra de musica chamada de:
"O amor é uma ilusão".

Vou procurar ver esse filme.
Abração

Anônimo disse...

pois, na minha leitura, o amor é uma palavra às vezes utilizada em demasia.
O silêncio amoroso dispensa não só a vingança, mas qualquer idéia de sentimento, qualquer nome.
O amor que se quer ruidoso, já não é o que talvez pudesse ter sido.

Anônimo disse...

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