Pense comigo querido leitor... a caneta está com seus dias contados. Hoje não se anota mais nada!!!
O telefone daquela paquera você digita direto no celular, aquele singelo pedaço de papel (cheio de assuntos comprometedores) que antes era passado discretamente entre um aluno e outro até chegar ao destinatário hoje foi substituído pelo "torpedo", os cartões são virtuais, os compromissos, recados e afins já não estão mais na agenda e bloquinhos, encontram-se digitalizados nos palm e laptops da vida.
Em breve as assinaturas serão substuídas por leituras digitais e óticas, já imaginou como vai ser cibernético e estranho pedir um autógrafo? Pra que ficar horas num tumulto dos diabos por uns rabiscos incompreensíveis? Basta entrar no web site oficial do seu ídolo e fazer um download personalizado (mais fácil, rápido e seguro, já que não tem pisada no pé e nem soco no olho).
Eu sei, eu sei você vai dizer, "sendo assim o lápis também está à beira da extinção!"
Mas não é verdade, o lápis é Highlander (e mesmo que o apontador lhe corte a cabeça ele continua lá firme e forte).
Afinal o lápis tem o status artístico, permeia os esboços de desenhos e pinturas e mesmo quem rebata com a arte digitalizada, a pintura e o desenho tradicionais estão aí de prova (séculos e séculos ainda encantando e supreendendo, passando pela fotografia e processos de impressão).
Minha única esperança está nas mãos dos poetas e suas inspirações escritas às pressas nos guardanapos engordurados das mesas boêmias.
Ah caneta, canetinha!!! Que tantas vezes me salvou e acompanhou, prometo que se depender de mim não serás esquecida nunca. Mesmo que este texto todo tenha saído das teclas de um computador.