sexta-feira, dezembro 30, 2005

Sabia que não era ninguém, livre de remorsos ou mágoas maiores. Era livre e sentia os calores de um desejo latente, queria construir, dividir e quem sabe confundir os desavisados (aqueles que por ventura questionassem suas pequenas excentricidades).
Não era ninguém, mas não estava vazia, queria colo, queria a ternura de um beijo e mãos lhe agarrando as coxas. Mesmo que essas mãos já tivessem percorrido uma geografia mais estimulante. Estava em paz com seus demônios e abrira a caixa de pandora (deixando até a esperança escapar).
Nada esperava, pois não fazia planos, não ousaria cravar as unhas na presa de outra ave de rapina. Não queria curar os males do mundo, seria apenas o ópio para os momentos mais críticos, quando a dor e a loucura sufocassem ao ponto de desaguar aos olhos.
Não pretendia absolutamente nada, apenas se doava, sem pudor, sem culpa, sem medo, sem hora, sem nada.

sábado, dezembro 24, 2005

Apesar de sempre ouvir minha mãe contar como escolheu meu nome (por causa de uma amiga e por achar um nome diferente e bonito), confesso que sentia falta de um significado e uma origem.

Catando por aí, descobri que na verdade meu nome é uma mistura de variações do nome Helena.

Eliane e Elana - Variação de origem francesa para Helena

Eliana - (Hélios) sol, solar, de beleza resplandescente.

Helena - Significa tocha, luz. Indica uma pessoa que parece estar sempre olhando para dentro de si em busca da sua verdadeira personalidade.

Fecho o post com um conto do DELTA de VÊNUS (de Anaïs Nin) homônimo a mim:

"Enquanto esperava o trem para Montreux, Elena olhou as pessoas à sua volta na plataforma. Cada viagem despertava nela a mesma curiosidade e esperança que se sente antes da cortina se abrir no teatro, a mesma ansiedade e expectativa alvoroçantes.

Ela selecionou homens com os quais poderia ter gostado de falar, indagando-se se eles eles partiriam no mesmo trem com ela ou se estavam apenas se despedindo de outros passageiros. Seus anseios eram vagos, poéticos. Se fosse brutalmente questionadasobre o que estava esperando, poderia ter respondido: "Le merveilleux"*. Era uma fome que não vinha de nenhuma região específica de seu corpo.

* O maravilhoso (N. do E.).

domingo, dezembro 18, 2005

Acabei de ter a confirmação de quem sou. Sempre soube, mas agora é oficial.



Pra quem quiser arriscar e descobrir quem realmente é, faça o teste

sexta-feira, dezembro 16, 2005

Sobrenomes comprometedores

Combinações bombásticas de sobrenomes... mais um motivo para nunca me casar.

ELAINA SERRANO CARVALHO - (O Greenpeace ia protestar).

ELAINA SERRANO CARPINTEIRO *gentilmente cedido por Fuxup - (A vingança da natureza).

ELAINA SERRANO ROCHA - (Sou brasileira e não desisto nunca, da série água mole em pedra dura...)

ELAINA SERRANO REGO - (Sadomasô total. Seria por acaso usar aquele papel higiênico rosa????).

ELAINA SERRANO PINTO - (Homens, ao me conhecerem prederiam a respiração e automaticamente fechariam as pernas).

segunda-feira, dezembro 12, 2005

Sonhos Exóticos

Chego num quarto onde uma mulher está deitada, ela me pede para trancar a porta e esperar alguns minutos antes de falar (até que as pessoas do lado de fora se afastassem da porta).
Dá a última tragada numa guimba do que outrora fora um cigarro, dentro do cinzeiro um maço cheio e amassado, puxo um sobrevivente (torto, mas ainda "fumável"). Ela aponta para o isqueiro, coisa cara posi acendeu ao mais leve toque de meus dedos.
_ Guardo os maços na última gaveta. Disse em um tom de despedida.
Não há conversa propriamente dita, o momento era de despedida, apenas faltava acertar alguns detalhes. Me distraio e perco o conteúdo de um telefonema entre a tal mulher e os MUPPET BABIES.
Pausa no sonho!!!
Não me pergunte... eu também estou tentando entender até agora.
Voltando à programação anormal...
Saio para dar mais privacidadee quem sabe lembrar o subconsciente de que tudo não passa de um sonho.
Ao voltar encontro o quarto vazio e a porta arrombada, o trinco estava alargado e rachado. Corro para a cama, a mulher já não está mais lá, de repente noto uma luz vermelha piscando no meio dos pertences jogados no colchão. No maço de cigarros uma etiqueta discretamente posicionada no canto direito, uma espécia de aparelho sensor, radar, não identifiquei.
Imediantamente pensei no pior, imaginei se tratar de um alarme... lembrei do telefonema, aperto redial e uma gravação afirma que terei uma conversa restrita dentro de alguns segundos, uma voz feminina diz "alô".
Antes que eu pudesse perguntar alguma coisa, a mulher do quarto retorna sorrindo e com um leve pigarro.
_ Achou que eu já havia partido??? Estava pedindo serviço funerário???
Contei-lhe sobre o sensor no maço, ela confessou se tratar de um simples alarme contra humidade, demostrou encostando-o em sua bolsa de couro vinda da garoa da rua. O tal alarme dispara.
_Dizem que esse era um protótipo de um "cinto de castidade hightec", um pequeno adesivo posicionado na...
Acordei antes do desfecho, os Muppet babies eu poderia relevar, mas alarme contra patoladas era demais até pra mim. Muita cultura inútil, cyberpunk e merda na cabeça dá nisso.